A OFERTA FORMATIVA PARA OS PROFESSORES

A direção da MC2P deu continuidade ao ciclo de reuniões alargadas dos seus órgãos sociais, desta vez em Lisboa, no Museu da Farmácia, tendo o seu diretor como anfitrião. As duas próximas iniciativas terão lugar em Coimbra e no Porto, e uma terceira mais a Sul.

Em debate esteve a situação dos museus e centros de ciência de Portugal.

Os participantes constataram a persistência de graves problemas, quer ao nível da tutela institucional e dos quadros de pessoal, quer ao nível da missão dos museus e centros de ciência, concluindo-se:

O exercício da tutela dos museus e dos museus e centros de ciência, em particular, pressupõe da Administração o reconhecimento pleno da função social daquelas instituições como estruturas orgânicas da Educação e do Ensino Não-Formal.

E ainda como estruturas orgânicas do Turismo Cultural, o paradigma turístico em ascensão e já hegemónico.

Consequentemente, os quadros dos museus devem ser plenamente preenchidos com técnicos qualificados e carreiras institucionalizadas (preceito[Office1]  igualmente válido para os seus diretores) _ sem prejuízo da mobilidade em contexto de maturidade e ascensão profissional, que permitam conservar e passar o testemunho da sua cultura museal, herdada dos primeiros diretores e equipas fundadoras.

Mas igualmente adaptar a sua estrutura funcional à comunicação moderna da sua museografia, competência que não é do domínio do marketing, mas da cultura e da cultura (e literacia) científica, da educação não formal e da formação cívica. As ferramentas de marketing só podem potenciar aquela competência intrinsecamente cultural.

A construção de uma relação cooperativa e complementar com a escola, e os seus docentes, constitui a melhor alavanca para criar novos públicos e fomentar a visita organizada aos museus e centros de ciência, atividade geradora das mais valias que as cadeias de valor da economia (e particularmente do turismo) recolhem diretamente, mas são em grande medida geradas pela capacidade que as instituições museais possuem de atração de viajantes estrangeiros, mas também nacionais. Essas externalidades dos museus e centros de ciência, traduzem-se em mais valias para o alojamento, restauração, lojas e merchandising, transportes, guionamento, animação e agenciamento, incompreendidas pela maioria das entidades tutelares.

Neste contexto, o Centro de Formação de Professores da MC2P, em parceria com o Cefop.Conimbriga, oferece hoje aos docentes de todos o país um programa de formação contínua acreditado pelo Conselho Científico Pedagógico de Formação Contínua, entidade do Ministério da Educação, programa que certifica os professores nos domínios pedagógico e científico para a progressão na carreira e decorre nos museus e centros de ciência nacionais, com extensão transfronteiriça.

E a MC2P conclama as instituições museais de ciência em Portugal a prosseguirem o seu trabalho de cooperação e internacionalização, para promover o potencial educativo dos museus e centros de ciência, em particular o diálogo intercultural e a unidade social, que permitiu criar a sua Rede Nacional, o Roteiro dos Museus e Centros de Ciência, o Encontro Nacional para a Cultura Científica  e o Contributo para o Debate Nacional para a Educação, promovido pela Assembleia da República. 

Ou seja, constituir-se como interlocutor autónomo preferencial nesse âmbito, a nível nacional, das instituições de tutela e, como focal ponto cívico e cultural do país a nível internacional,

Para mais informação, contacte:

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Lisboa, novembro 2019

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